quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Balanço

Você já fez seu balanço anual? Costuma fazer ou esta é uma pergunta que soa como estranha ainda?
É importante fazermos balanços em nossas vidas. Diários, semanais, mensais, anuais, dependendo da situação a ser avaliada. Fazer um balanço contabilizando ganhos e perdas, prós e contras, conquistas e derrotas nos faz ficarmos mais atentos aos próximos passos. Assim, ficamos mais conscientes e vigilantes da necessidade de sermos eficazes naquilo que nos propomos a fazer.
Podemos fazer balanços relativos às finanças, relações interpessoais, profissionais... Dependendo do universo de cada um, existem mais ou menos áreas a serem revistas ao longo do ano, com o objetivo de projetar um próximo período e metas a serem alcançadas.
Lucidez nas ações e nas relações refletem-se em vidas mais tranquilas e sem sobressaltos. Afora os acidentes de percurso, a maioria das coisas que nos acontecem podem ser previstas e/ou prevenidas. Basta um pouco de dedicação e ter a clareza da importância desse investimento de tempo ou dinheiro.
Algumas pessoas dizem não ter tempo. Tempo é uma questão de prioridade. O tempo é iqual para todos. Onde investimos nosso tempo, aí estão nossas prioridades. Conscientes ou não. Muitos ficam surpresos com esta informação, pois normalmente não somos informados dela ao longo da vida. Mas é fato. Onde estamos é onde queremos ou podemos estar. "Querer" diz mais de uma escolha livre e consciente. "Poder" muitas vezes não condiz com o que desejaríamos, mas amarras inconscientes nos prendem e impedem que alcancemos nossos objetivos expressos na fala. É aí que a terapia entra em cena, pois na busca do auto conhecimento, muitas coisas ficam mais claras e as pessoas podem parar de andar às cegas, ficando o desejo mais claro e próximo daquilo que é falado.
Exemplos? Existem muitos. Basta olhar ao redor e encontrar alguns escancarados, que mostram a contradição que mora no ser humano. "Quero ser bem tratada mas moro com um cara que me bate", "quero guardar dinheiro mas nunca sobra", "quero ser saudável mas a doença me persegue"... Infinitos exemplos existem de como as pessoas podem ficar aprisionadas em celas das quais ainda não têm acesso à chave. A terapia propõe a busca da chave, para que quem deseje realmente sair do encarceramento tenha acesso.
Fora da terapia, uma excelente tentativa é fazer um balanço da vida ao menos anualmente, abarcando os variados setores, e assim quem sabe muitas coisas sejam descobertas. Quando se pára para pensar, já é uma possibilidade de mudança. É a diferença entre fazer contas e fazer as contas.
Bom balanço a todos!


Marisa Gabbardo, Psicóloga.
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