quarta-feira, 25 de maio de 2011

Como ter mais tempo para entregar um trabalho

A Saga de Jeitosinha - Cap. XXVI

Jeitosinha entregou ao pai uma caneta e um pedaço de papel.
- Assine esta folha em branco…
- M-mas… Filha… Você sabe que eu não tenho nenhuma posse…
- Apenas assine!
Meio vacilante, Ambrósio escreveu seu nome no papel.
- Pronto. Estou livre agora?
- Sim… – disse a moça, sorrindo sarcasticamente – Tenha bons sonhos…
Jeitosinha foi para seu quarto e esperou pacientemente que todos voltassem para casa. A mãe, que sempre se envolvia nas atividades da Igreja, voltou de uma novena. Os irmãos foram chegando, um a um, se amontoando em volta da TV, como sempre faziam. Normalmente Arlindo, mais arredio, preferia ficar lendo em algum canto da casa, até que todos se recolhessem. Era a hora em que finalmente tinha a sala só para ele, e ficava zapeando os canais de TV.
No silêncio da madrugada, Jeitosinha aproximou-se de Arlindo, vestida como uma Diva do cinema. O longo vestido negro, que exibia seus ombros e expunha parte dos seios… a abertura lateral, por onde podia-se ver furtivamente a longa extensão de sua perna esquerda… O par de luvas cobrindo os braços até além do cotovelo…
Arlindo surpreendeu-se com a maturidade da beleza da irmã, que trazia num copo uma dose de uísque on the rocks.
- Sabe, irmão, às vezes a felicidade chega até nós por caminhos estranhos…
- O que você quer dizer? – espantou-se.
- Quero dizer que encontrei meu verdadeiro eu no bordel de Madame Mary. E devo isso a você.
Jeitosinha sorveu um gole generoso de uísque e ofereceu o copo ao irmão.
- Beba comigo. Vamos selar com esta dose de uísque a paz entre nós.
Arlindo pegou o copo com desconfiança. Mas a irmã acabara de provar da bebida, descartando a possibilidade de que ela estivesse envenenada. Nervoso, ele bebeu todo o líquido do copo, devolvendo-o à loira.
Jeitosinha pegou uma pedra de gelo e passou provocativamente no pescoço e nos seios. Depois, debruçou-se sobre Arlindo, alisou sua coxa direita e, tocando os lábios em seu ouvido esquerdo murmurou:
- Amanhã, irmão querido, todos nós começaremos uma vida nova…
A loira disse esta frase enigmática e se retirou. O cruel Arlindo chegou a pensar que sua irmã estava tão desequilibrada quanto o pai. Mas logo voltou a entreter-se com um filme barato de TV, antes de mergulhar em um sono profundo.
No hospital público, Adenaíra abria os olhos:
- Th-thiago… Pensei que tinha sido um sonho.
- Estou aqui. Estou te esperando… – A frase brotou sem nenhuma convicção.
- M-me esperando? – Perguntou a nova irmã de Jeitosinha.
- Sim. Você precisa lutar. Precisa superar esta doença. Vou estar ao seu lado.
- Oh, Thiago! Você vai me dar uma chance?
- O tempo dirá. Por enquanto, prometo-lhe apenas minha atenção e minha
amizade.
Você não sabe como este simples fio de esperança me deixa feliz! – Disse a moça, já com certa luz no rosto pálido pela febre.
Na manhã seguinte, Arlindo acordou no mesmo sofá onde bebera com Jeitosinha. Mas estava cercado por policiais e algemado. No comando da operação, a detetive Vanessa dirigiu-se a ele, mostrando no semblante a realização pelo dever cumprido.
- Você está preso.
- M-mas… Eu não fiz nada! – Espantou-se o rapaz – Qual a acusação?
- Assassinato!
- Não! – O grito de Arlindo ecoou pela sala…


Quem morreu? Você tem até amanhã
para juntar as peças e entender o plano de Jeitosinha!
Não perca o próximo capítulo!

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Com tantas opções, fica difícil escolher....